BRASÍLIA,
27 Set (Reuters) - A inadimplência no mercado de crédito brasileiro no segmento
de recursos livres cedeu ligeiramente em agosto ao mesmo tempo em que houve
estabilidade do spread, mas os juros mostraram alta em um contexto de elevação
da taxa Selic para o controle da inflação.
De
acordo com dados apresentados pelo Banco Central nesta sexta-feira, a
inadimplência no mercado de crédito brasileiro no segmento de recursos livres
ficou em 5,1 por cento em agosto, menor em relação a julho, quando havia sido
de 5,2 por cento.
Considerando
os recursos totais no mercado de crédito brasileiro, incluindo também os
recursos direcionados, a inadimplência ficou estável em agosto ante julho, a
3,3 por cento.
No
período, o spread bancário foi de 17,7 pontos percentuais também no segmento de
recursos livres, inalterado ante julho. No crédito total, o spread ficou em
11,3 pontos percentuais, abaixo dos 11,4 pontos percentuais verificado em
julho.
O
BC informou ainda que o estoque total de crédito no Brasil subiu 1,3 por cento
em agosto ante julho, chegando a 2,578 trilhões de reais, ou 55,5 por cento do
Produto Interno Bruto (PIB).
A
taxa média de juros no segmento de recursos livres fechou agosto em 28,0 por
cento, superior aos 27,5 por cento em julho. No crédito total, os juros ficaram
em 19,3 por cento no mês passado, maior que os 19,1 por cento apurados no mês
anterior.
Os
indicadores de crédito seguem influenciados pela alta dos juros básicos,
iniciada pelo Banco Central em abril para controlar a escalada da inflação.
Em
mais uma etapa desse aperto, em 28 de agosto o Comitê de Política Monetária
(Copom) do BC elevou em 0,50 ponto percentual a taxa Selic, para 9 por cento ao
ano, indicando que deve manter o atual ritmo de aperto monetário para domar a
alta dos preços.
Fonte: Reuters
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